Há amores que o tempo não apaga, apenas amadurece.
E quando penso em nós, percebo que nunca deixamos de existir.
Mesmo longe, mesmo em silêncio, algo dentro de mim sempre soube que você continuava ali… em algum lugar do mundo, pulsando junto com o meu coração.
Olho para o tempo que passou e vejo que nenhuma explicação terrena é capaz de traduzir o que nos une. O que existe entre nós vem de longe… de antes.
É um amor que carrega o eco das vidas que já vivemos, que reconhece o outro mesmo sem vê-lo, que sente antes de entender.
Lembro da primeira vez que te vi, uma imagem, uma fotografia, uma lembrança que o destino plantou em mim.
Você estava em meio a cores, sorrisos, talvez em uma festa onde aquele pó colorido transformava o ar em arco-íris.
E eu, do outro lado do tempo, senti algo que não sabia nomear.
Hoje entendo: foi o primeiro chamado da alma.
Por todos esses anos, mesmo quando a vida seguiu por caminhos diferentes, nunca deixei de sentir a sua presença.
Você estava nas músicas que eu ouvia, nos sonhos em que eu me perdia, nos momentos em que, sem razão alguma, meu peito apertava de saudade.
E então, nos últimos dois anos, a vida começou a nos aproximar de novo…
E em 2025, ah, este ano... eu finalmente reconheci o que sempre esteve escrito nas entrelinhas do destino: o nosso elo.
Essa força invisível que me conduz a você, essa paz que só o seu nome traz.
Comecei a escrever sobre nós.
Sobre as conversas, as risadas, os silêncios, os olhares que se explicam sozinhos.
E percebi que em cada lembrança, em cada registro, há sempre o mesmo sentimento, uma saudade doce, um carinho que não cabe em palavras, um desejo constante de te reencontrar e te abraçar até o tempo parar.
Pensei muito sobre a distância… e entendi que ela também era uma lição.
Talvez precisássemos nos perder para aprender o que é amar de verdade.
Aprender que o amor não é posse, nem urgência. É entrega, é fé, é confiança.
E me veio à mente aquele trecho de Coríntios, que agora faz tanto sentido:
“O amor é paciente, o amor é bondoso.
Não inveja, não se vangloria, não se orgulha.
Não maltrata, não busca seus próprios interesses,
não se ira facilmente, não guarda rancor.
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.”
E quando penso em nós, eu vejo tudo isso.
O tempo, as provações, as distâncias, as saudades, os reencontros... tudo parece parte de um mesmo plano, como se tivéssemos prometido um ao outro, lá atrás, em algum ponto da eternidade: “a gente vai se encontrar de novo.”
E talvez seja isso mesmo. Talvez tenhamos escrito essa história antes de nascer.
Talvez o amor que sentimos seja o reencontro de duas almas que já se reconheceram mil vezes e ainda assim se emocionam ao se ver.
Porque o amor que sinto por você é sereno, mas profundo; é calmo, mas arde.
É o tipo de amor que não precisa estar perto para existir, ele simplesmente é.
É o amor que me acalma só de lembrar do seu rosto, que me faz sorrir em meio ao caos, que me faz agradecer por você simplesmente existir.
Tudo o que vivi até aqui, todas as dores, perdas e recomeços, serviram para me preparar para esse momento, para compreender que o amor verdadeiro não se mede pelo tempo, mas pela intensidade com que ele permanece mesmo quando tudo o mais se desfaz.
E é por isso que, mesmo que o mundo mude, mesmo que a vida insista em nos testar, eu não desisto.
Porque você é, e sempre foi o amor de todas as minhas vidas.
E se um dia o destino quiser brincar de novo com a distância, eu esperarei.
Porque amor assim não se esquece, não se substitui, não se encerra.
Você é o meu antes, o meu agora e o meu depois.
E será, pela eternidade, o lar onde minha alma sempre vai querer voltar.
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