segunda-feira, 23 de junho de 2014

Palavras cantadas

Algumas - muitas - músicas encaixam-se perfeitamente quando queremos falar algo e não sabemos como.


- Sãos os fatos meu caro. 

* É que um carinho as vezes cai bem..

- Eu tenho tanto pra lhe falar, mas com palavras não sei dizer..

*Pois é, eu nunca disse que iria se a pessoa certa pra você, mas...

- Mas?

*Mas não é impossível
 Eu não sou difícil de ler
 Faça sua parte
 Eu sou daqui, eu não sou de Marte
 Vem cara, me repara.

- Eu saio na capoeira, sou perigosa sou macumbeira.

*Eu insisto pois
 Achei você no meu jardim
 Entristecido, coração partido
 Bichinho arredio.

- Um belo dia resolvi mudar e fazer tudo que eu queria fazer.

*Me deixa ser
 O seu pinguim de geladeira
 Eu fico uma semana inteira
 Sem mexer...

 Me deixa ser
 O passarinho do relógio
 Que de hora em hora
 Pode aparecer
 Pra eu te ver..

- Ah o amor me pegou e não descanso enquanto não pegar aquela criatura.

* Então vem, que eu conto os dias conto as horas pra te ver.

- Você com essa sua mania sensual de sentir e me olhar, você com esse seu jeito contagiante fiel e sutil de lutar.. Não sei não.

* Simplesmente aconteceu.

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Pelo amor livre


Pelo Amor Livre
Eu prometo não te prometer nada
Nem te amar para sempre
nem não te trair nunca
nem não te deixar jamais.
Estou aqui, te sinto agora
sem máscaras nem artifícios
e enquanto for bom para os dois que o outro fique.
Nada a te oferecer senão eu mesmo
Nada a te pedir senão que sejas quem tu és
a verdade é o que de melhor temos para compartilhar.
Tuas coisas continuam tuas e as minhas, minhas.
Não nos mudaremos na loucura de tornar eterno
o que pode ser apenas um breve instante.
Se crescermos juntos
ainda que em direções opostas
saberemos nos amar pelo que somos
sem medo ou vergonha
de nos mostrarmos um ao outro por inteiro.
Não te prendo e não quero que me prendas
Nenhuma corrente pode deter o curso da vida
nenhuma promessa pode substituir o amor
quero que sejas livre como eu também quero ser.
Companheiros de uma viagem que está começando
cada vez que nos encontramos novamente.

terça-feira, 11 de março de 2014

Nas formas da sua mão


Em suas mãos a forma se deu.
Em meio a troca de olhares e palavras ao vento.
Inconsciente e involuntário um trevo se fez.

E quatro folhas aparecem.
Ao perceber, logo de súbito, a tristeza disfez.
Entre sorrisos, olhos e furacões
Um sentimento nasce entre duas imensidões.

Como a sorte de um trevo de quatro folhas
Assim é a sorte de um amor tranquilo
que indave num grito o meu universo particular infinito.

As mãos que no papael eu vi 
Dar significado a algo tão ínfimo
Tornaram-se dentro de mim, 
Um desejo que corre sem ímpeto.
E no mais tardar da noite
As mãos mágicas e seguras de si
Fugiram na noite para longe de mim..